No entanto, registros da 12ª edição da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, realizada no primeiro ano da gestão Bolsonaro, em 2019, mostram que os prefeitos estavam sim reivindicando mais recursos na época. O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM) na época, Glademir Aroldi, questionou o ex-presidente sobre a efetivação dos pagamentos e a participação dos municípios na distribuição de fundos, demonstrando que a demanda por mais recursos sempre existiu.
Com a impossibilidade de realizar a Marcha em 2020 e 2021 devido à pandemia de Covid-19, este ano, durante a edição que ocorreu entre 20 e 23 de maio, o presidente da CNM atual, Paulo Ziulkoski, destacou a necessidade urgente de mais recursos vindos do Executivo. Ziulkoski criticou o fato de o governo ter autorizado apenas o repasse de R$ 9 bilhões, enquanto os municípios acumulavam um prejuízo de R$ 81 bilhões.
Durante sua participação na Marcha, o presidente Lula anunciou um pacote para os municípios com um impacto estimado de cerca de R$ 900 bilhões, entre ações efetivas e promessas de benefícios. Até o momento, a assessoria de Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre as declarações do ex-presidente ou sobre as reivindicações dos prefeitos por mais recursos.