Segundo informações da Mundoteca, os livros em questão foram emprestados apenas uma vez desde a inauguração da biblioteca. A obra de Luís Fernando Veríssimo, recomendada para o público adulto, nunca havia sido emprestada, enquanto o livro de educação sexual, indicado para o público juvenil, foi emprestado somente para uma pessoa adulta.
A atitude da prefeita gerou críticas, principalmente por parte de membros do Partido dos Trabalhadores (PT). Juliana Maciel defendeu sua decisão, afirmando que os livros não condizem com os valores da família e que não são adequados para crianças e adolescentes.
Por outro lado, o governo federal esclareceu que o projeto Mundoteca não é uma iniciativa do governo, mas sim da FGM Produções, aprovado para captar recursos por meio da Lei de Incentivo Cultural. Mesmo assim, a Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência da República destacou que a Mundoteca não é uma ação do Governo Federal.
A vereadora Tatiane Carvalho (MDB) de Canoinhas já havia denunciado, em plenário, o acesso de crianças aos livros na mesma biblioteca. Ela exibiu imagens dos livros gravadas por ela durante a visita ao local e relatou ter sido procurada por pais preocupados com o conteúdo acessado por seus filhos.
Diante da repercussão do caso, a conduta da prefeita Juliana Maciel está sendo investigada pelo MPSC, que irá apurar o descarte dos livros e possíveis irregularidades. A atitude da gestora gerou debates sobre a liberdade de expressão, a educação sexual e o acesso à informação nas bibliotecas públicas.