A primeira declaração do presidente Lula sobre os ataques terroristas ocorridos no sábado (7) tem sido alvo de críticas tanto da direita quanto da esquerda. Lula expressou choque com as ações e defendeu diálogos para buscar uma solução que envolva a criação de um Estado palestino. Porém, o fato de o texto não mencionar o Hamas foi criticado por políticos como Sergio Moro e Jair Bolsonaro, que tentou estabelecer uma associação entre Lula e o grupo sem apresentar comprovação. Além disso, a classificação dos ataques como terroristas também foi contestada por figuras como o ex-ministro José Dirceu.
Na Câmara dos Deputados, os parlamentares Carla Zambelli e Lindbergh Farias travaram uma discussão acalorada sobre o Hamas, enquanto Guilherme Boulos fez um discurso para deixar claro sua repulsa aos assassinatos de civis pelo grupo palestino. O debate também tem ganhado destaque nas redes sociais desde o início da guerra.
Em um episódio recente do podcast Café da Manhã, foi discutido como a política brasileira faz uso do conflito entre Israel e Hamas. O programa contou com a participação de Fábio Zanini, editor da coluna Painel, da Folha. O episódio está disponível no Spotify, que é um serviço de streaming parceiro da Folha e especializado em música, podcasts e vídeos.
O Café da Manhã é lançado de segunda a sexta-feira na parte da manhã e é apresentado por Magê Flores e Gabriela Mayer, com produção de Carolina Moraes, Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som fica por conta de Thomé Granemann.
A guerra entre Israel e Hamas continua a gerar debates acalorados no Brasil, expondo as divergências políticas e as visões opostas em relação ao conflito. A utilização do tema para alimentar a polarização política demonstra a complexidade e a sensibilidade da questão israelo-palestina, que continua a ser um problema histórico sem solução iminente.