No Diário Oficial de 18 de dezembro, foi publicado que as bean bags foram compradas da empresa Defense Technology por US$ 5,59 cada, totalizando um gasto de US$ 279,5 mil. Além das munições, a licitação também tratou da compra de granadas de luz e som.
A bean bag, produzida com aramida e contendo pequenas esferas de chumbo em seu interior, atingiu a cabeça de Rafael dos Santos Tercilio Garcia, um torcedor são-paulino de 32 anos, enquanto ele comemorava o título do time na Copa do Brasil, no entorno do estádio do Morumbi, em setembro. A morte está sob investigação da Polícia Civil.
Um policial da cavalaria, suspeito pelo disparo que vitimou Garcia, compareceu ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa em novembro, mas permaneceu em silêncio.
O texto que regulamenta o uso da bean bag faz recomendações ao policial militar, como manter uma distância mínima de 6,1 metros do alvo e verificar a existência de obstáculos ou pessoas que possam ser atingidos. É recomendado ainda fazer uma dupla checagem da espingarda para verificar se ela está municiada com bean bag ou com balas comuns.
Cabe ressaltar que a bala de borracha deve ser usada a uma distância de 20 a 30 metros do oponente, conforme descrição de um dos fabricantes.
A aquisição e o uso dessas munições geram questionamentos sobre a segurança e a adequada utilização por parte dos policiais, especialmente após o ocorrido que resultou na morte de um cidadão. O investimento em equipamentos menos letais deve ser acompanhado de treinamento e procedimentos claros para garantir a segurança da população.