Essa ação foi resultado de diversas investigações da CCASI e de unidades especializadas das Polícias Civis estaduais, contando com o apoio de organismos internacionais e da Agência de Investigação Interna (Homeland Security Investigations) da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Segundo o Inhope, o Brasil está entre os dez países que mais compartilham esse tipo de conteúdo nos meios digitais.
Os alvos das buscas são indivíduos que possuem, compartilham ou comercializam material audiovisual com registros de abuso sexual infantil, condutas criminosas sujeitas a penas de um a oito anos de prisão. A Polícia Federal destaca que esse tipo de crime tem se proliferado nas plataformas digitais, impulsionando um aumento nas operações de combate a essas atividades.
A operação desta quarta-feira é considerada a maior do ano realizada pela Polícia Federal. Até setembro, a CCASI já havia realizado mais de 500 operações de combate ao abuso e exploração sexual infantil, resultando em diversas prisões. O aumento dessas operações reflete não só o aprimoramento das técnicas de investigação da PF em crimes cibernéticos, mas também a expressiva circulação de imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes em diversas plataformas.
A gravidade desses crimes é destacada, com a literatura criminológica internacional classificando as imagens conforme a severidade dos abusos. A presença crescente de casos mais graves e contra vítimas cada vez mais jovens preocupa as autoridades responsáveis pelo combate a esse tipo de crime. A PF ressalta a importância de ações preventivas e de denúncia para enfrentar essa realidade cruel e perturbadora, que afeta milhares de crianças em todo o mundo.
