Leo Índio é sobrinho de Rogéria Nantes Braga, primeira esposa de Bolsonaro e mãe dos seus filhos mais velhos, Flávio, Carlos e Eduardo. Ele está sendo investigado no inquérito aberto pela Procuradoria-Geral da República para apurar a organização e o financiamento das manifestações do dia 7 de setembro, bem como os ataques ao Supremo Tribunal Federal.
No dia 31 de agosto, a subprocuradora-geral Lindôra Araújo solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que autorizasse a tomada de depoimento de Índio. Moraes acatou o pedido e determinou o bloqueio das contas de Leo Índio nas redes sociais, como Facebook, Instagram, Twitter e Youtube, além das chaves PIX divulgadas por ele para arrecadar valores destinados ao financiamento dos protestos.
O pedido da PGR ressalta que há provas da atuação de Leo Índio na divulgação de mensagens, agressões e ameaças contra a democracia, o Estado de Direito e suas instituições. Segundo a procuradoria, tais evidências justificam as medidas cautelares adotadas.
O primo dos filhos de Bolsonaro passou a ser investigado após promover uma campanha de arrecadação de dinheiro para custear as manifestações de 7 de setembro. Ele divulgou diversas chaves Pix em sua conta no Instagram, incluindo um QR Code para doações em criptomoedas. Todas essas contas foram bloqueadas por ordem de Alexandre de Moraes.
Além disso, Leo Índio esteve presente nos ataques golpistas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro. Em uma postagem nas redes sociais, ele compartilhou uma foto com outros manifestantes e afirmou que seus olhos estavam vermelhos devido ao gás lacrimogêneo lançado pelas forças de segurança.
Leo Índio também publicou vídeos em que os golpistas são atingidos por bombas de dispersão, ressaltando que “patriotas não cometem vandalismo”. Vale lembrar que o primo dos filhos de Bolsonaro concorreu a uma vaga como deputado distrital pelo PL nas últimas eleições, porém não teve sucesso. Ele já trabalhou como assessor do partido no Senado, mas foi exonerado em setembro de 2021 por não comparecer ao trabalho desde março.
As investigações seguem em andamento e novas informações podem surgir ao decorrer do processo.