Durante sua estadia em Brasília e Cidade do Cabo, Li se reuniu com autoridades locais para debater estratégias para encerrar o conflito de longa data na Ucrânia. O plano de paz, defendido pelos altos escalões políticos do Brasil e da China, enfrenta resistência de países como Ucrânia, União Europeia e Estados Unidos, que temem que sua aprovação possa beneficiar a Rússia e o presidente Vladimir Putin.
A China adotou uma postura de equidistância durante a crise, se recusando a participar de uma cúpula de paz apoiada pela Ucrânia em junho e insistindo na participação igual de Moscou e Kiev. Esta recusa gerou críticas do presidente ucraniano Volodimir Zelenski, que acusou a China de pressionar seus parceiros a não participarem da reunião.
Para a China e Brasil, o plano de paz pode ser dificilmente aceito pela Ucrânia no momento atual, considerando o contexto eleitoral nos Estados Unidos e os riscos políticos envolvidos em concessões territoriais. No entanto, uma eventual vitória de Donald Trump nas eleições poderia alterar o cenário, já que o candidato a vice do republicano, senador J.D. Vance, defende abertamente a interrupção da ajuda aos ucranianos.