Plano de paz proposto por Brasil e China para Ucrânia recebe apoio de mais de 110 países em nova tentativa de mediação

O enviado especial chinês para assuntos da Eurásia, Li Hui, revelou em uma coletiva que mais de 110 países demonstraram apoio ao plano de paz proposto pelo Brasil e China para o fim da Guerra na Ucrânia. A proposta, que envolve o congelamento do conflito, entrada de ajuda humanitária e mediação para resolver o conflito, foi discutida durante a semana em encontros com autoridades brasileiras e sul-africanas.

Durante sua estadia em Brasília e Cidade do Cabo, Li se reuniu com autoridades locais para debater estratégias para encerrar o conflito de longa data na Ucrânia. O plano de paz, defendido pelos altos escalões políticos do Brasil e da China, enfrenta resistência de países como Ucrânia, União Europeia e Estados Unidos, que temem que sua aprovação possa beneficiar a Rússia e o presidente Vladimir Putin.

A China adotou uma postura de equidistância durante a crise, se recusando a participar de uma cúpula de paz apoiada pela Ucrânia em junho e insistindo na participação igual de Moscou e Kiev. Esta recusa gerou críticas do presidente ucraniano Volodimir Zelenski, que acusou a China de pressionar seus parceiros a não participarem da reunião.

Para a China e Brasil, o plano de paz pode ser dificilmente aceito pela Ucrânia no momento atual, considerando o contexto eleitoral nos Estados Unidos e os riscos políticos envolvidos em concessões territoriais. No entanto, uma eventual vitória de Donald Trump nas eleições poderia alterar o cenário, já que o candidato a vice do republicano, senador J.D. Vance, defende abertamente a interrupção da ajuda aos ucranianos.

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