Segundo Lessa, Marielle era considerada uma “pedra no caminho” por se opor aos novos loteamentos da milícia. Este fato teria motivado sua morte, pois a vereadora convocou reuniões com líderes comunitários para discutir essa questão, o que desagradou os envolvidos no crime.
O atirador também mencionou o delegado Rivaldo Barbosa como um dos mentores intelectuais do assassinato. Barbosa teria sido fundamental para garantir que os suspeitos não fossem incomodados pelas investigações policiais. Surpreendentemente, o delegado assumiu a chefia da Polícia Civil do Rio apenas um dia antes do crime contra Marielle.
A Polícia Federal, que conduziu a investigação, não encontrou provas dos encontros mencionados por Lessa com os mentores do crime. O atirador afirmou que se reuniu com eles três vezes, em locais discretos na Barra da Tijuca, antes e depois do assassinato da vereadora.
Além disso, a PF relatou que o delegado Rivaldo teria recebido uma quantia considerável para atrapalhar as investigações do caso. Essas revelações trouxeram à tona um cenário perturbador de corrupção e violência envolvendo as autoridades e milicianos no Rio de Janeiro. A delação de Ronnie Lessa promete trazer à tona ainda mais detalhes sobre esse crime que chocou o país.