De acordo com informações confirmadas pelo Governo de São Paulo e por um integrante da gestão de Tarcísio de Freitas, envolvido nos detalhes do projeto, a mudança visa economizar espaço e tempo de deslocamento, uma vez que atualmente boa parte dos secretários precisa atravessar a cidade para ir da sede das secretarias estaduais ao palácio e encontrar o governador. Com o novo centro administrativo, será necessário apenas “atravessar a praça”, uma vez que a praça em questão foi transformada em parque em 2022.
Além disso, a administração estadual está espalhada em 56 imóveis, totalizando 807 mil metros quadrados, enquanto o plano da gestão Tarcísio é concentrar o governo em um complexo de 320 mil metros quadrados de área construída, onde 288 mil metros quadrados seriam destinados a escritórios de repartições públicas, e o restante para centros comerciais, restaurantes, estacionamentos, cinemas e outros serviços.
A eventual mudança depende de um estudo de viabilidade encomendado à Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e que ficará pronto em seis meses. Caso a ideia seja viável, cerca de R$ 500 milhões seriam pagos em desapropriações de imóveis nas cercanias.
A gestão Tarcísio também pretende abrir um concurso para escritórios de arquitetura proporem o projeto de construção do complexo e faz uma analogia com o governo federal, justificando a permanência do Bandeirantes como residência oficial e a sede de governo no centro, a exemplo do que acontece em Brasília.
Em termos de estrutura organizacional, o secretariado de Tarcísio conta com 24 secretarias estaduais, uma secretaria extraordinária, além da Casa Militar e Defesa Civil, da Controladoria-Geral do Estado e da Procuradoria-Geral. A previsão é que 27 órgãos sejam transferidos para o centro, com o objetivo de transformar a região central em um grande complexo da gestão estadual.
O governo deve anunciar mais detalhes do estudo até o fim do mês, enfatizando que a expectativa é de ganho de eficiência e economia, aproximando os servidores e ampliando a integração entre os diversos órgãos do governo.