Investidores do setor de energia e a Câmara de Comércio dos EUA alertaram que essas medidas poderiam levar à inadimplência e prejudicar a confiança dos investidores estrangeiros. No entanto, o ministro das Finanças, Mario Marcel, minimizou as preocupações, afirmando que as pessoas não deveriam exagerar na reação e questionar toda a estrutura institucional do setor de eletricidade.
Segundo Luis Sabaté, CEO da geradora de energia Matrix Renewables, se o plano atual for aprovado, muitas usinas estarão em inadimplência técnica, afetando o investimento subsequente no setor. Agências de classificação também alertaram para a possibilidade de pequenos geradores de energia deixarem de ser lucrativos se o plano do governo for adiante.
Os investidores estão preocupados com as consequências do plano de subsídios do governo Boric, e muitos temem que o Chile, tradicionalmente conhecido por suas regras estáveis e previsíveis, esteja mudando para pior. No entanto, o governo está avançando com cortes de impostos, desenvolvimento de hidrogênio verde e medidas para acelerar a concessão de licenças para novos projetos, buscando manter o interesse dos investidores estrangeiros.
Além disso, o Chile está explorando suas fontes abundantes de energia renovável, como o Deserto do Atacama, e está buscando aumentar a produção de lítio, tornando-se o segundo maior produtor do mundo. O governo espera atrair investimentos em hidrogênio verde e lítio, mesmo enfrentando resistências da indústria.
Apesar dos desafios, o governo espera aprovar reformas fiscais e previdenciárias, visando impulsionar o crescimento econômico e a confiança dos investidores. A expectativa é que o Chile continue a ser um destino atraente para investimentos estrangeiros, mesmo diante das incertezas do panorama atual.