Luís Cláudio relatou que precisa desligar o celular durante seus dias de descanso para não ser constantemente contatado pela empresa aérea. Segundo ele, ao acordar, chega a encontrar até oito ligações não atendidas da equipe responsável pela organização das escalas de trabalho, solicitando sua presença para realizar voos.
A resistência do piloto em voar durante seus dias de folga não é respeitada pela Voepass, que insiste para que ele assuma voos, mesmo quando menciona estar cansado e exausto. O argumento utilizado pela empresa é simplesmente “vai que dá”, ignorando os riscos associados à fadiga e à falta de condições adequadas de trabalho.
Outros relatos de más condições de trabalho na Voepass foram compartilhados por Luís Cláudio durante a audiência pública. Ele mencionou a precariedade da alimentação oferecida pela empresa, citando casos em que a comida fornecida aos tripulantes era fria ou congelada devido a atrasos no pagamento dos fornecedores.
O piloto ressaltou a importância de garantir condições satisfatórias de trabalho, uma vez que a fadiga e o estresse podem contribuir para aumentar o risco de acidentes aéreos. Ele expressou seu desejo de não se tornar mais uma estatística nos programas de TV que abordam tragédias aéreas, reforçando a necessidade de melhorias urgentes nas condições de trabalho na Voepass.