A empresa pretende criar o chamado Hub do Rio de Janeiro, uma grande rede para injeção de carbono em um reservatório no litoral norte fluminense, e já vem conversando com potenciais clientes, principalmente grandes indústrias, para viabilizar este projeto.
A captura de carbono é parte de um orçamento de R$ 25 bilhões separado pela estatal para investimentos em energias renováveis nos próximos cinco anos, incluindo fontes de geração solar, eólica e biocombustíveis, segmentos abandonados por gestões anteriores.
Este movimento da Petrobras acontece em meio a uma corrida global de empresas em busca de tecnologias para capturar carbono. Diversas técnicas têm sido empregadas em pequena escala e o tema também tem ganhado destaque na COP28, conferência da ONU sobre mudanças climáticas que acontece até o dia 12 em Dubai, nos Emirados Árabes.
Países estão debatendo a possibilidade de cumprir as metas climáticas com parte das emissões tendo sido capturadas por estas tecnologias. No entanto, a execução desses projetos tem mostrado limitações de custo e desenvolvimento, mas especialistas acreditam em seu papel relevante no futuro.
Além de contribuir para a descarbonização de suas próprias operações, a Petrobras vê a captura de carbono como um novo negócio e identifica potenciais clientes em indústrias siderúrgicas e cimenteiras do estado do Rio.
O projeto-piloto, alvo deste convênio, é destinado a capturar o gás carbônico separado do gás natural em Macaé, no litoral norte do Rio, e armazená-lo em um reservatório salino. A capacidade projetada é de armazenar 100 mil toneladas de carbono por ano.
O projeto do hub prevê a conexão com duas grandes instalações da própria Petrobras na região metropolitana do Rio e há planos de estender a rede para outras regiões do estado, dependendo do interesse de novos clientes.
Assim, a Petrobras demonstra sua intenção em investir em tecnologias de captura de carbono e em formas de contribuir para a descarbonização de suas operações, bem como para o desenvolvimento de novos negócios nessa área. A iniciativa da empresa reflete uma tendência global de busca por soluções relacionadas às mudanças climáticas e à redução das emissões de carbono na atmosfera.