Petrobras e Adnoc avançam em negociações para compra do controle da Braskem, envolvendo a Novonor

A Petrobras e a estatal dos Emirados Árabes Unidos, Adnoc, estão avançando nas negociações para a compra do controle da Braskem, atualmente pertencente à Novonor (antiga Odebrecht). Segundo fontes envolvidas nas conversas, as duas empresas estão buscando estabelecer uma joint-venture, na qual a Novonor teria uma participação minoritária de 4%.

Inicialmente, a Adnoc, em parceria com o fundo Apollo, fez uma oferta pela metade da participação da Novonor na Braskem. No entanto, a estatal árabe resistia à permanência dos atuais controladores no negócio. Agora, no entanto, a Adnoc considera a possibilidade de manter os controladores como forma de agilizar um acordo.

Além da Adnoc, outras empresas demonstraram interesse em adquirir a Braskem. A petroquímica Unipar e a J&F, controladora da JBS dos irmãos Batista, também apresentaram propostas. Os controladores da Braskem, por sua vez, preferiram a oferta da Unipar, pois ela já previa a participação minoritária da Novonor e a possibilidade de venda de ativos para a Petrobras.

Até o momento, nenhuma das empresas envolvidas nas negociações quis comentar sobre o assunto. No entanto, é importante destacar que o interesse pela aquisição do controle da Braskem demonstra o valor estratégico que a empresa possui no mercado petroquímico.

A Braskem é uma das maiores petroquímicas da América Latina e uma das maiores produtoras de resinas termoplásticas do mundo. Controlada pela Novonor e pela Petrobras, a empresa possui uma forte presença no mercado brasileiro e internacional, com operações em diferentes países.

A possível entrada da Adnoc, uma das maiores petrolíferas do mundo, na sociedade da Braskem traria uma série de benefícios para ambas as empresas. A Adnoc teria acesso a uma operação sólida no mercado petroquímico e reforçaria sua atuação no Brasil, enquanto a Petrobras conseguiria reduzir sua dívida e focar em suas atividades principais.

Essa negociação faz parte do processo de desinvestimento da Petrobras, que busca vender ativos não essenciais para reduzir seu endividamento. A entrada da Adnoc na sociedade da Braskem seria um passo importante nesse sentido, fortalecendo a posição da empresa brasileira no mercado internacional e contribuindo para sua recuperação financeira.

No entanto, é importante ressaltar que as negociações ainda estão em andamento e podem passar por alterações. A conclusão do acordo depende de uma série de fatores, incluindo a aprovação dos órgãos reguladores e a finalização dos detalhes contratuais. Portanto, é preciso aguardar mais informações para saber qual será o desfecho dessa transação e os impactos que ela trará para o mercado petroquímico brasileiro.

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