Nitrini, que iniciou sua carreira na década de 1970 estudando os problemas de funções cognitivas, expressou sua surpresa e felicidade ao receber o prêmio. Ele destacou a importância do reconhecimento não apenas para si, mas também para a comunidade científica brasileira e latino-americana.
Ao longo de sua trajetória, Nitrini fundou a Reunião de Pesquisadores em Doença de Alzheimer e Desordens Relacionadas, idealizou o Centro de Referência em Distúrbios Cognitivos do Hospital das Clínicas da USP e atuou como professor e editor acadêmico. Suas contribuições para o desenvolvimento de testes adaptados à realidade brasileira e para o estudo epidemiológico das demências na América Latina demonstram seu comprometimento com a pesquisa científica.
Além de seus estudos sobre o Alzheimer, Nitrini se destacou ao descrever casos de encefalopatia traumática crônica em atletas, bem como por seu trabalho inovador com macacos-prego, visando compreender melhor a doença em nível molecular.
O pesquisador também destacou a importância de incentivar as novas gerações de cientistas a se dedicarem ao trabalho sério e bem feito, ressaltando que o reconhecimento internacional é consequência desse comprometimento. Aos 77 anos, Nitrini continua focado em suas pesquisas, planejando explorar ainda mais o estudo com os macacos-prego e os super idosos.
Em um momento de reflexão, ele compartilha um conselho aos futuros pesquisadores: “Envelheçam”. A mensagem enfatiza a importância da persistência e dedicação ao longo da carreira científica para alcançar o reconhecimento e contribuir significativamente para o avanço do conhecimento na área da saúde.