No primeiro trimestre deste ano, 5.363 novos clientes migraram para o mercado livre de energia, sendo que a maioria desses clientes eram empresas beneficiadas por uma portaria que permitiu o ingresso de companhias menos intensivas no consumo de energia. Os setores que mais registraram migrações foram comércio, serviços, manufaturados, alimentícios e minerais não-metálicos.
O estado de São Paulo lidera entre os estados com o maior número de novos clientes, seguido por Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná. Esse movimento de migração para o mercado livre já representa 72% do total de empresas que migraram em 2023, indicando uma crescente adesão a essa modalidade de contratação de energia.
Segundo a CCEE, mais de 18 mil consumidores já manifestaram o desejo de migrar para o mercado livre ao longo deste ano, com 560 pedidos de encerramento de contrato com a distribuidora previstos para 2025. Esse movimento foi impulsionado por uma portaria do governo Jair Bolsonaro de 2022, que entrou em vigor no início deste ano e ampliou o acesso de empresas de menor porte ao mercado livre.
No primeiro trimestre, o consumo de energia no ambiente de contratação livre foi de 26 mil MW médios, representando um aumento de 7,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os setores de metalurgia, indústria alimentícia, serviços, químicos e minerais não metálicos foram os que mais consumiram energia nesse período.
Com esse cenário de crescimento e diversificação do mercado livre de energia, a tendência é que mais empresas de pequeno e médio porte busquem migrar para essa modalidade de contratação, em busca de maior flexibilidade e potencial de economia nos custos com energia.