Pequenas e médias empresas dominam mercado livre de energia, com aumento de migrantes e consumo em alta no primeiro trimestre de 2024.

A migração de empresas de pequeno e médio porte para o mercado livre de energia tem sido uma tendência crescente nos últimos tempos. De acordo com dados da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), sete em cada dez novos entrantes nesse segmento são empresas de menor porte, o que demonstra um cenário de maior diversificação e competição nesse mercado.

No primeiro trimestre deste ano, 5.363 novos clientes migraram para o mercado livre de energia, sendo que a maioria desses clientes eram empresas beneficiadas por uma portaria que permitiu o ingresso de companhias menos intensivas no consumo de energia. Os setores que mais registraram migrações foram comércio, serviços, manufaturados, alimentícios e minerais não-metálicos.

O estado de São Paulo lidera entre os estados com o maior número de novos clientes, seguido por Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná. Esse movimento de migração para o mercado livre já representa 72% do total de empresas que migraram em 2023, indicando uma crescente adesão a essa modalidade de contratação de energia.

Segundo a CCEE, mais de 18 mil consumidores já manifestaram o desejo de migrar para o mercado livre ao longo deste ano, com 560 pedidos de encerramento de contrato com a distribuidora previstos para 2025. Esse movimento foi impulsionado por uma portaria do governo Jair Bolsonaro de 2022, que entrou em vigor no início deste ano e ampliou o acesso de empresas de menor porte ao mercado livre.

No primeiro trimestre, o consumo de energia no ambiente de contratação livre foi de 26 mil MW médios, representando um aumento de 7,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os setores de metalurgia, indústria alimentícia, serviços, químicos e minerais não metálicos foram os que mais consumiram energia nesse período.

Com esse cenário de crescimento e diversificação do mercado livre de energia, a tendência é que mais empresas de pequeno e médio porte busquem migrar para essa modalidade de contratação, em busca de maior flexibilidade e potencial de economia nos custos com energia.

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