Domingos Brazão assumiu como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro em abril de 2015, após ser indicado pela Assembleia Legislativa do Estado. O cargo é vitalício e possui garantias semelhantes às dos magistrados do Judiciário, além de um salário inicial de R$ 39.717. Tais benefícios e prerrogativas tornam ainda mais relevante a discussão em torno do pedido de impeachment.
O caso de Domingos Brazão ganha ainda mais destaque devido às recentes prisões ocorridas. Além do conselheiro, seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, foram detidos pela Polícia Federal. As investigações apontam que os três seriam os mandantes e idealizadores do assassinato da vereadora Marielle Franco. A motivação para o crime estaria ligada à atuação da vereadora, que incomodava os interesses da família Brazão, uma das mais influentes no Rio de Janeiro.
A prisão de Chiquinho Brazão será analisada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. O deputado Gilson Marques (Novo-SC) solicitou mais tempo para análise, o que resultou na suspensão da discussão. O adiamento da votação ocorrerá pelo prazo de duas sessões do plenário, sendo projetada para aproximadamente o dia 10 de abril. Enquanto isso, Brazão permanece detido aguardando a decisão da Câmara dos Deputados ou do STF.
O desenrolar destes acontecimentos certamente terá repercussões não apenas no cenário político do Rio de Janeiro, mas também a nível nacional. A sociedade aguarda por esclarecimentos e uma resposta justa diante das graves acusações envolvendo Domingos Brazão e sua família.