Em meio à guerra entre Israel e o Hamas, que já entrou no seu 65º dia, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, expressou sua frustração com a “paralisia” do Conselho de Segurança da ONU em reagir ao conflito na faixa de Gaza. Durante o Fórum de Doha, no Catar, Guterres lamentou a falta de ação do Conselho de Segurança, que, segundo ele, está “paralisado por divisões geoestratégicas” e incapaz de votar a favor de um cessar-fogo.
No entanto, a tentativa de aprovação de um cessar-fogo também encontrou resistência por parte dos Estados Unidos, que vetaram um texto elaborado pelos Emirados Árabes Unidos que previa um “cessar-fogo humanitário” em Gaza, a libertação “imediata e incondicional” de todos os reféns e a “garantia do acesso humanitário”. A resolução obteve 13 votos a favor, um contra e uma abstenção do Reino Unido.
A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque perpetrado pelo movimento islâmico palestino em solo israelense, resultando na morte de 1.200 pessoas, a maioria civis, e no sequestro de cerca de 240 pessoas. Após uma trégua no final de novembro, 137 pessoas continuam em cativeiro, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
Os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza já causaram 17.700 mortes e 48.780 feridos em dois meses de guerra, de acordo com o governo do Hamas, que acredita que o número real de vítimas seja ainda maior devido à dificuldade de acessar todas as áreas bombardeadas para retirar as vítimas dos escombros.
Em retaliação ao ataque do Hamas, Israel prometeu “aniquilar” o grupo, que é classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
Diante desse cenário, a ONU se vê “paralisada” e incapaz de encontrar uma solução para o conflito, enquanto o número de vítimas civis continua a aumentar. A situação é preocupante e exige uma ação urgente por parte das Nações Unidas.