No documento, intitulado “Inteligência Artificial e Paz”, o papa ressaltou a necessidade de os Estados soberanos regularem o uso da inteligência artificial em seus territórios, mas também destacou o papel das organizações internacionais na obtenção de acordos multilaterais e na coordenação de sua aplicação e execução.
“A escala global da inteligência artificial deixa claro que, ao lado da responsabilidade dos Estados soberanos de regular seu uso internamente, as organizações internacionais podem desempenhar um papel decisivo na obtenção de acordos multilaterais e na coordenação de sua aplicação e execução”, escreveu o papa Francisco em sua mensagem.
Esta não é a primeira vez que o papa se pronuncia sobre questões de tecnologia e seu impacto na sociedade. Em sua encíclica “Laudato Si”, publicada em 2015, o pontífice abordou o tema da tecnologia e seu impacto no meio ambiente e nas relações humanas.
A mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial da Paz é tradicionalmente enviada aos líderes mundiais, e este ano não foi diferente. O apelo do pontífice por um tratado internacional para regulamentar a inteligência artificial reflete a crescente preocupação com o impacto dessa tecnologia na sociedade e a necessidade de se estabelecer diretrizes claras para seu uso.
O debate sobre a regulamentação da inteligência artificial tem ganhado destaque nos últimos anos, à medida que essa tecnologia se torna cada vez mais presente em diversos aspectos da vida moderna, desde a automação de processos industriais até a coleta e análise de dados pessoais.
Diante desse contexto, o apelo do papa Francisco por um tratado internacional para regulamentar a inteligência artificial pode servir como um chamado à ação para que os líderes mundiais busquem formas de garantir que essa tecnologia seja utilizada de forma ética e responsável, respeitando os direitos humanos e promovendo a paz e a justiça em escala global.