Durante a cerimônia, o padre fez comentários sobre o tapete, afirmando que não daria a comunhão na nave central da igreja devido à baixa qualidade do tapete. Ele foi enfático ao dizer: “Não vou dar a comunhão aqui na nave central porque esse tapete está fazendo vocês escorregarem, porque não é tapete, é um negócio muito devagar, que escorrega, né? Para não dizer que é coisa ruim. Foi essa condição que os noivos tiveram, infelizmente. A gente percebe que eles são bem simples e que a arrumação é bem simples, né? Deve ser um casal pobre”.
As declarações do padre geraram polêmica e dividiram opiniões. Enquanto algumas pessoas concordaram com a posição do religioso, argumentando que a igreja deve manter certos padrões de qualidade, outras criticaram a atitude, alegando que a postura do padre foi desrespeitosa e discriminatória em relação ao casal.
Essa situação levantou um debate importante sobre o papel e a postura das instituições religiosas diante de situações que envolvem questões sociais e econômicas. Além disso, o caso também trouxe à tona a necessidade de sensibilidade e respeito por parte das autoridades religiosas ao lidar com diferentes realidades e condições financeiras.
Diante disso, o episódio envolvendo o padre José Raimundo Soares Diniz e o casal que realizou o casamento na Paróquia Senhora Sant’Ana, em Boquim (SE), acabou se tornando um ponto de reflexão sobre a igualdade, a empatia e a tolerância, valores que devem ser preponderantes em qualquer ambiente, inclusive nas instituições religiosas. A atitude do padre alimentou um debate que vai além da decoração de um casamento e questiona, de maneira mais ampla, a postura das autoridades eclesiásticas diante das diferenças sociais.