De acordo com dados compilados pela empresa Tunad, Marçal acumulou pelo menos duas horas de exposição em cada uma das cinco emissoras de televisão aberta que exibem o horário eleitoral e inserções. A maioria das citações veio de Nunes, mas os outros candidatos também mencionaram o influenciador.
No início da campanha, os candidatos com tempo de televisão tentaram ignorar Marçal, porém, essa estratégia foi alterada após o influenciador ganhar destaque na propaganda de Nunes. O candidato do PRTB passou a ser citado em peças que abordavam acusações judiciais contra ele, o que resultou em um aumento da exposição negativa de Marçal.
Essa estratégia de atacar rivais na propaganda eleitoral pode trazer riscos, conforme apontado por Emerson Cervi, doutor em ciência política. A propaganda negativa pode aumentar a rejeição do candidato que ataca, sendo necessário desvincular os ataques da apresentação oficial do candidato e de suas propostas.
Nunes, por sua vez, conseguiu reduzir a vantagem de Marçal entre eleitores bolsonaristas ao utilizar as inserções para expor acusações contra o influenciador. Com mais de 60% do tempo destinado aos candidatos, o candidato do MDB tem conseguido ampla exposição na mídia, aproveitando a nova legislação eleitoral que favorece siglas com maior representatividade.
Dessa forma, mesmo sem tempo oficial na propaganda eleitoral, Pablo Marçal tem se destacado e chamado a atenção dos eleitores, sendo alvo de ataques e estratégias de seus adversários para tentar diminuir sua popularidade durante a campanha eleitoral.