Esses dados alarmantes chamaram a atenção de entidades de direitos humanos, que buscaram apoio da ONU diante da situação preocupante na Baixada Santista. No entanto, o governador Tarcísio de Freitas demonstrou desdém pelas reclamações, afirmando não se importar com as denúncias de abusos por parte da PM nesta região.
O secretário Guilherme Derrite, por sua vez, contradisse as denúncias da Ouvidoria ao afirmar que não tinha conhecimento de nenhuma queixa formal sobre abusos policiais. Durante uma audiência na Alesp, Derrite foi questionado pelos parlamentares e defendeu a conduta das forças policiais, recebendo elogios da bancada da bala.
A falta de respostas por parte das autoridades de segurança do estado levou a Ouvidoria a enviar 44 ofícios para diversos órgãos competentes, solicitando informações e respostas sobre os casos relatados. No entanto, até o momento, não houve retorno por parte dessas instâncias, o que levanta ainda mais questionamentos sobre a transparência e a efetividade dos mecanismos de controle das forças policiais.
Diante desse cenário, a Secretaria da Segurança Pública se defendeu, afirmando que tem respondido aos questionamentos dos órgãos de controle e que as circunstâncias das mortes ocorridas durante a Operação Verão estão sendo investigadas pelas polícias Civil e Militar, além do Ministério Público e do Poder Judiciário.
No entanto, a falta de transparência e a aparente negligência em relação às denúncias de abusos por parte das autoridades colocam em xeque a efetividade dos mecanismos de controle e fiscalização das forças de segurança em São Paulo. A sociedade civil e as entidades de direitos humanos continuam vigilantes e exigem respostas e ações concretas para garantir a proteção e a segurança de todos os cidadãos na Baixada Santista.