Contudo, a criação da PNDD gerou críticas de que o governo estaria atuando para cercear opiniões, levantando preocupações sobre patrulhamento e censura. Apesar disso, a procuradoria tem procurado filtrar as solicitações de atuação, rejeitando requisições que não atendem aos requisitos de admissibilidade, como comprovação de dano efetivo ou potencialidade de dano, além da indicação do interesse da União.
Até o momento, a PNDD atuou em diferentes frentes, apresentando ações contra disseminação de desinformação, como associação da vacina à Aids e venda de passaportes vacinais falsos, além de publicações que difamam integrantes do governo. Também foram solicitadas retratações por informações inverídicas, resultando na remoção de conteúdos ofensivos contra autoridades públicas.
Além disso, o órgão busca garantir direitos de resposta, notificando veículos de comunicação e políticos que disseminaram informações falsas. Por exemplo, um apresentador de TV que associou o ministro da Justiça, Flávio Dino, ao crime organizado foi alvo de ação da PNDD, que argumentou que o conteúdo ofendia não só a moral e a honra pessoal, mas também a função do ministro.
No entanto, a atuação da PNDD tem gerado debate sobre a liberdade de expressão e o papel do Estado na regulação da informação. Apesar de buscar coibir a disseminação de desinformação e discurso de ódio, a atuação da PNDD levanta questões sobre possíveis excessos e restrição ao debate público. Em meio a essas discussões, a procuradoria continua atuando com o objetivo de defender a democracia e promover a transparência e veracidade das informações divulgadas.