É interessante observar que houve uma redução de nove pontos percentuais em relação ao apoio à legalização do aborto em comparação ao ano passado. Essa mudança de opinião pode ser atribuída a diversos fatores, como influência religiosa, debates públicos e conscientização sobre o tema.
No entanto, essa questão voltou para o centro das discussões recentemente, pois o Supremo Tribunal Federal (STF) está analisando uma ação que questiona a legalidade do aborto até a 12ª semana de gestação. A relatora da ação, ministra Rosa Weber, iniciou a votação em plenário virtual, mas o julgamento foi suspenso após o ministro Luís Roberto Barroso pedir destaque.
O destaque é um pedido para que o processo seja retirado do plenário virtual e encaminhado para o ambiente físico do tribunal. Essa solicitação indica a importância e a complexidade do tema em discussão.
Vale ressaltar que essa ação foi proposta pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) há seis anos, com o objetivo de liberar o procedimento para mulheres com até 12 semanas de gestação. O partido argumenta que a criminalização do aborto viola diversos preceitos fundamentais, como a dignidade, a cidadania, a igualdade, a não discriminação, entre outros.
Atualmente, o aborto é permitido no Brasil apenas em casos específicos, como quando há risco de vida para a mãe, quando a gravidez é resultado de estupro ou quando o feto é anencéfalo. No entanto, esse tema ainda é bastante controverso e divide opiniões na sociedade brasileira.
Diante do debate em curso no STF e da pesquisa do Instituto Ipsos, fica evidente que o assunto do aborto continua sendo um tópico sensível e importante no país. A discussão abrange questões éticas, morais, religiosas e de direitos humanos, e seu desfecho no tribunal terá repercussões significativas em relação à legislação e aos direitos das mulheres.