A operação, denominada Operação Última Milha, cumpriu sete mandados de busca e apreensão em cinco cidades do país: Brasília, Curitiba, Salvador, São Paulo e Juiz de Fora (MG). A ação foi autorizada com base em informações contidas em decisão do ministro Alexandre de Moraes, que ainda decretou a prisão de cinco investigados.
Um dos alvos da operação é o deputado Alexandre Ramagem, que foi diretor da Abin durante o governo Bolsonaro. Segundo a Polícia Federal, as provas obtidas durante as diligências realizadas em outubro indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na Abin para realizar ações ilícitas com objetivos políticos e midiáticos, além de interferir em investigações da Polícia Federal.
Dentre os nomes que teriam sido espionados nesse esquema ilegal estão ministros do STF como Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luis Roberto Barroso e Luiz Fux; políticos como Arthur Lira, Kim Kataguiri, Rodrigo Maia, Joice Hasselmann, Alessandro Vieira, Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues; além de figuras do Poder Executivo e jornalistas renomados como Monica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista.
Essas revelações trazem à tona uma série de questionamentos sobre a segurança e a privacidade dos cidadãos, além de levantar dúvidas sobre a atuação de órgãos de inteligência do Estado. A investigação segue em andamento para apurar todas as ramificações desse esquema de monitoramento ilegal.