Os advogados destacaram que, ao tomarem conhecimento da busca na residência do ex-presidente, prestaram os esclarecimentos necessários e colaboraram com os agentes policiais, a fim de atender plenamente ao mandado judicial.
No entanto, a defesa criticou a operação, afirmando que outras pessoas foram afetadas pela ação policial, apenas pelo fato de estarem no endereço em que a busca foi realizada. Segundo os advogados, a operação vasculhou a intimidade e vida privada de cidadãos, vilipendiando seus direitos fundamentais e extrapolando os limites legais.
Além disso, a defesa ressaltou que a medida empreendida na residência familiar, com a apreensão indiscriminada de bens pessoais de terceiros, sem ordem judicial específica, configura um inegável abuso e uso excessivo do poder estatal, podendo configurar um verdadeiro atentado à democracia.
A ação da PF abrangeu não apenas a residência do ex-presidente, mas também a casa de seus filhos, Carlos, Eduardo e Flávio, em Angra dos Reis (RJ), assim como a casa de Carlos na Barra da Tijuca, e seu gabinete na Câmara Municipal do Rio. Além disso, a PF também realizou buscas na residência de Giancarlo Gomes Rodrigues, ex-assessor da Abin, e apreendeu dez celulares na casa do militar.
A operação causou polêmica e levantou questionamentos a respeito da conduta e dos limites da polícia federal, bem como acirrou os ânimos no campo político, uma vez que atingiu diretamente a família do ex-presidente Bolsonaro. A defesa se pronunciou veementemente contra o que chamou de abuso de poder estatal, enquanto a opinião pública aguarda por mais esclarecimentos e desdobramentos desse caso.