Segundo as investigações, o grupo utilizava laranjas e empresas de fachada para desviar recursos públicos do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de fraudes em licitações. Os agentes cumpriram 13 mandados de busca e apreensão, além de determinarem o sequestro judicial de dez imóveis avaliados em mais de R$ 20 milhões. Parte desse valor estava vinculado a um apartamento registrado em nome de uma pessoa fictícia que constava como sócia de um dos investigados. Também foram apreendidos veículos de luxo durante a operação.
A estimativa da polícia é que o patrimônio da quadrilha chegue a pelo menos R$ 30 milhões, no entanto, uma auditoria da Controladoria Geral da União aponta que o valor desviado pode chegar a R$ 70 milhões. O delegado Mateus Calabresi, responsável pelo caso, explicou que as fraudes eram cometidas com a colaboração de um advogado e um contador. Os crimes em investigação incluem lavagem de capitais, associação criminosa e organização criminosa, com penas que podem chegar a 18 anos de prisão.
A ação da Polícia Federal evidencia a importância do combate à corrupção e ao desvio de verbas públicas, principalmente em um setor tão sensível quanto o da saúde. A sociedade espera que os responsáveis sejam devidamente punidos e que medidas sejam tomadas para evitar que situações como essa se repitam no futuro. A atuação incisiva das autoridades competentes é fundamental para garantir a transparência e a eficiência na gestão dos recursos públicos.