Operação ‘Churrascada’ desvenda esquema de compra de decisões judiciais envolvendo desembargador em SP

A Polícia Federal desvendou mais um esquema de corrupção que envolve a venda de decisões judiciais, desta vez com a descoberta de que os investigados monitoravam os dias de plantão do desembargador. De acordo com as autoridades, os suspeitos sinalizavam a realização de um “churrasco” sempre que o magistrado estava trabalhando, codinome que originou a operação batizada de “churrascada”.

A investigação teve início após a realização da Operação Contágio, que tinha como foco os desvios de recursos públicos na área da Saúde em São Paulo, realizada no ano de 2021. A partir dessa ação, foram identificados indícios robustos de vendas de decisões judiciais, levando a polícia a desencadear essa nova fase das investigações.

É importante ressaltar que a Polícia Federal optou por não divulgar o nome do desembargador envolvido nesse esquema, despertando a curiosidade da imprensa e do público em geral. Procurado pelo UOL, o Tribunal de Justiça de São Paulo foi questionado sobre o caso, assim como o gabinete do magistrado, mas até o momento não houve retorno por parte desses órgãos.

Esse escândalo revela mais uma vez a fragilidade do sistema judiciário brasileiro diante da corrupção, mostrando a importância de fiscalização e transparência nas atividades do setor. A sociedade clama por punição aos responsáveis e por medidas efetivas que garantam a lisura e imparcialidade das decisões judiciais. A Operação “churrascada” é mais um capítulo desse cenário complexo e revelador que precisa ser combatido com rigor pelas autoridades competentes.

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