A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (Noaa) projetou que há cerca de 33% de chance de que 2024 seja mais quente que 2023, e 99% de que fique entre os cinco mais quentes já registrados. Celeste Saulo, chefe da OMM, advertiu que é provável que o El Niño continue provocando um aumento das temperaturas em 2024, com seu maior impacto previsto para depois de abril.
O relatório anual da OMM confirmou que 2023 foi, “de longe”, o ano mais quente já registrado, com a temperatura média anual ficando 1,45°C acima dos níveis da era pré-industrial. O Acordo de Paris sobre mudança climática estabeleceu como meta limitar o aquecimento global a 1,5°C, e a chefe da OMM destacou a necessidade de reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa e acelerar a transição para fontes renováveis de energia.
De acordo com a Noaa, a temperatura global na superfície em 2023 foi 1,18°C superior à média do século 20 e 0,15°C acima do registrado em 2016, que até então levava o título de ano mais quente já registrado. A temperatura subiu especialmente no Ártico, no norte da América do Norte, na Ásia Central, no Atlântico Norte e no leste do Pacífico tropical.
Diante desses dados alarmantes, o alerta para a urgência de medidas para combater as mudanças climáticas é ainda mais evidente. O impacto das ações humanas na temperatura do planeta é nítido e exige a adoção de práticas sustentáveis e a redução das emissões de gases poluentes. A preocupação global com as mudanças climáticas é uma realidade que precisa ser enfrentada com seriedade e urgência, a fim de garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.