OMS inicia segunda fase de vacinação contra a poliomielite na Faixa de Gaza, mas desafios persistem após pausa humanitária.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) deu início à segunda fase da campanha de vacinação contra a poliomielite na Faixa de Gaza, onde mais de 185 mil crianças já receberam a primeira dose da vacina. Esta campanha foi considerada bem-sucedida pelo órgão da ONU, porém, pais e mães palestinos estão preocupados com a segurança de seus filhos após o fim da pausa humanitária entre Israel e o Hamas para a aplicação das doses.

A palestina Ghada Judeh expressou sua preocupação em relação à proteção de seus filhos não apenas contra a poliomielite, mas também contra os bombardeios e outros perigos na região. A trégua acordada entre Israel e o Hamas ocorreu apenas em determinadas áreas e durante o período da campanha de vacinação, o que não garante a segurança das crianças em áreas não cobertas pelo acordo.

A falta de um cessar-fogo mais abrangente é criticada pela ONU, que afirma que apenas desta forma a situação humanitária na Faixa de Gaza poderá ser estabilizada. O Unicef também ressaltou que, uma vez vacinadas, as crianças voltarão às áreas suscetíveis a bombardeios, o que não pode ser considerado como normal.

Na segunda fase da campanha, a OMS pretende vacinar 340 mil crianças com a primeira dose da vacina até o próximo domingo, visando atingir uma cobertura vacinal de pelo menos 90% para evitar uma epidemia de poliomielite. O primeiro caso da doença em 25 anos na Faixa de Gaza foi confirmado neste mês, reforçando a importância da vacinação.

A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é altamente contagiosa e foi erradicada em diversos países do mundo, incluindo o Brasil, graças às campanhas de vacinação em massa. A OMS e outras organizações internacionais continuam trabalhando para garantir a proteção das crianças na Faixa de Gaza, mesmo diante dos desafios enfrentados na região.

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