Com um investimento de US$ 110 milhões, dos quais US$ 90 milhões vieram da fundação, esse observatório promete trazer novas pistas sobre um conceito fascinante: a inflação cósmica. A teoria afirma que, logo após o nascimento do Universo, o espaço-tempo se expandiu a velocidades ultrarrápidas, lançando as bases para a formação de tudo o que conhecemos hoje.
As observações realizadas no observatório serão cruciais para corroborar ou minar essa hipótese, que é fundamental para a compreensão atual da cosmologia. Com quatro telescópios em ação, cerca de 60 mil detectores estarão focados no estudo do brilho cósmico de micro-ondas que permeia o Universo, buscando por padrões de luz polarizada conhecidos como modos B.
Esses modos B são essenciais para validar a teoria da inflação cósmica, proposta há 45 anos pelo físico Alan Guth. Se confirmada, essa teoria teria um impacto revolucionário não apenas na cosmologia, mas também na física como um todo. A detecção dos modos B nas micro-ondas cósmicas seria considerada uma descoberta de magnitude tão grande que poderia até render um Prêmio Nobel aos cientistas envolvidos.
Com essas informações, os cientistas esperam desvendar os mistérios mais profundos do Universo e nos dar insights sobre a nossa própria existência. A nova fronteira da ciência está prestes a ser desbravada, e as possibilidades são tão vastas quanto o Cosmos que nos cerca. O Observatório Simons representa não apenas um marco na história da astronomia, mas também um portal para um entendimento mais profundo do Universo em que vivemos.