Durante toda a trajetória da Lava Jato, a população brasileira acompanhou de perto cada fase, cada prisão e cada desdobramento. Com o trabalho do então procurador da República Deltan Dallagnol e do juiz Sergio Moro, a 13ª Vara Federal em Curitiba se tornou o epicentro do combate à corrupção no país.
Após uma década de intensa investigação, os números impressionam: R$ 4,3 bilhões devolvidos à Petrobras, R$ 111 milhões recuperados em acordos de delação, 163 prisões temporárias e 553 denunciados. No entanto, o legado da Lava Jato não se resume apenas a cifras e estatísticas.
Os responsáveis pela condução da operação sofreram desafios no Supremo Tribunal Federal (STF) à medida que as investigações avançavam. As acusações de atuação parcial e motivação política por parte de Moro, Dallagnol e demais procuradores ganhavam força, especialmente após os episódios envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dez anos depois, vemos Moro e Dallagnol trilhando novos caminhos fora do judiciário e da procuradoria. A força-tarefa da Lava Jato em Curitiba foi encerrada em 2021, com os processos remanescentes passando para o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Ao revisitar os principais personagens da Lava Jato, vemos como suas vidas foram transformadas pela operação. Sergio Moro, que ganhou notoriedade por sua atuação à frente das investigações, tornou-se ministro da Justiça e posteriormente senador eleito pelo Paraná. Por sua vez, Deltan Dallagnol deixou o Ministério Público Federal e se aventurou na política, sendo eleito deputado federal pelo mesmo estado.
Os desdobramentos da Lava Jato continuam a ecoar na sociedade brasileira, demonstrando a importância e o impacto que uma investigação como esta pode ter em um país marcado pela corrupção. A trajetória dos principais personagens da operação serve como reflexão sobre os desafios e dilemas enfrentados no combate à corrupção e na busca pela transparência e integridade no cenário político nacional.
