O futuro do home office: empresas e funcionários travam batalha sobre o retorno ao escritório

A edição de hoje da newsletter “FolhaMercado” aborda dois temas em destaque no cenário econômico: a possível volta do trabalho presencial e os preços do barril de petróleo atingindo a máxima do ano.

No que diz respeito ao home office, o período pós-pandemia tem gerado um embate entre empresas e funcionários. Enquanto muitos patrões buscam o retorno ao trabalho presencial, os trabalhadores resistem e preferem continuar trabalhando de casa.

De acordo com o LinkedIn, em fevereiro deste ano, 25% das vagas publicadas mencionavam a possibilidade de home office, enquanto no ano passado esse número era de 39%. Além disso, uma pesquisa do Infojobs e Grupo Top RH revelou que 85% dos profissionais que retornaram aos escritórios em tempo integral considerariam trocar de emprego caso pudessem trabalhar mais dias em casa.

Especialistas apontam algumas razões para a descrença dos empregadores em relação ao home office, como a queda de produtividade, a desconfiança em relação ao trabalho realizado em casa e a dificuldade de adaptação a esse modelo.

Até mesmo as grandes empresas de tecnologia, que já adotavam um modelo mais flexível pré-pandemia, estão orientando o retorno aos escritórios. O Zoom, por exemplo, solicitou que sua equipe volte ao trabalho presencial.

No entanto, convencer os trabalhadores a abandonar o home office tem sido uma tarefa difícil. Na Meta, por exemplo, somente agora os funcionários estão retornando aos escritórios, devido a benefícios como serviços de cabeleireiro e lavanderia, além do happy hour às quintas-feiras.

Uma solução intermediária tem sido o modelo híbrido, que combina trabalho presencial e remoto em alguns dias da semana. De acordo com uma pesquisa da Universidade Stanford, a produtividade no modelo híbrido é igual ou até superior ao trabalho presencial.

Em relação ao petróleo, os preços do barril chegaram a ultrapassar a marca de US$ 95 nesta terça-feira, atingindo a máxima de 10 meses. No entanto, os preços fecharam o dia em leve queda, a US$ 94,34, devido à realização de lucros dos investidores.

Essa alta nos preços ocorre em um momento de virada nas principais economias do mundo, com uma pausa na alta dos juros e um esfriamento da inflação. No entanto, a expectativa é de que os bancos centrais pensem duas vezes antes de acelerar a queda dos juros devido ao encarecimento da energia.

Essa alta no preço do petróleo também pode afetar o Brasil, mesmo que de forma indireta. Embora o aumento não seja sentido imediatamente nos combustíveis vendidos no país, ele pode ter impactos em diversas frentes, como a inflação.

Outro destaque da newsletter é o anúncio da Shein de que irá pagar a alíquota de 17% do ICMS sobre as compras importadas de até US$ 50 para os clientes. A empresa foi autorizada a participar do programa Remessa Conforme, lançado pelo governo para regulamentar as compras internacionais.

Essas novas regras isentam do imposto de importação as compras feitas até US$ 50, mas não eliminam a cobrança do ICMS estadual. Com a medida anunciada pela Shein, os consumidores não pagarão impostos ao comprar produtos abaixo desse limite.

No entanto, nas redes sociais surgiram reclamações de produtos de baixo valor que são taxados por um valor muito mais alto. Por exemplo, blocos de anotações com valor de R$ 3,15 tiveram um imposto cobrado de R$ 31,45, devido ao frete e ao fato da loja não estar registrada no programa Remessa Conforme.

Esses são alguns dos principais destaques desta edição da newsletter “FolhaMercado”. A publicação aborda temas relevantes no mercado e traz informações e análises para auxiliar os leitores a compreenderem o cenário econômico e tomarem decisões fundamentadas.

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