A negociação do acordo entre a equipe técnica do FMI e o governo argentino se estendeu até o último mês, após semanas de tratativas. Para honrar seus compromissos da dívida em agosto, a Argentina precisou recorrer a um empréstimo do Catar, a iuanes de um swap cambial vigente com a China e a um empréstimo-ponte do Banco de Desenvolvimento da América Latina.
Do montante total de US$ 7,5 bilhões, uma parte será destinada ao pagamento das dívidas com o Catar, a China e o Banco de Desenvolvimento da América Latina, enquanto outra parte será guardada como provisão para os próximos vencimentos. Essa foi a sexta revisão do acordo com o FMI e a próxima está prevista para ocorrer em novembro, mês subsequente às eleições presidenciais na Argentina.
Em comunicado no mês passado, o FMI informou que as partes concordaram com “um pacote de políticas” com o objetivo de reconstruir as reservas do país e melhorar a sustentabilidade fiscal, sem deixar de lado os gastos sociais. A Argentina enfrenta altos índices de pobreza, com aproximadamente 40% da população vivendo nessa condição.
O encontro entre o ministro Martín Guzmán e a diretora do FMI, Kristalina Georgieva, será crucial para a definição das próximas etapas do acordo e para garantir o suporte financeiro necessário para a recuperação da economia argentina. A reunião visa revisar todo o procedimento de desembolsos e buscar soluções adequadas para enfrentar a crise econômica do país.
A expectativa é que, com a ajuda do FMI, o governo argentino consiga reverter o atual cenário de dificuldades financeiras e promover o crescimento econômico sustentável. Espera-se que o diálogo entre as partes resulte em medidas efetivas que possam melhorar a situação econômica do país, garantindo bem-estar e qualidade de vida para a população.