O calor e o casaco de moletom: o dilema de esconder o corpo para se proteger do julgamento alheio

A sociedade está sempre pronta para julgar, especialmente quando se trata de jovens, especialmente mulheres. Essa reflexão surge em meio a uma conversa entre duas amigas que se identificam com a situação de usar casacos de moletom no calor escaldante da cidade de São Paulo. A narradora revela que esse hábito era uma forma de se proteger dos olhares alheios, principalmente devido a questões relacionadas à percepção distorcida de seu próprio corpo.

A adolescente que caminha com o casaco de moletom parece refletir os mesmos sentimentos de desconforto e de vontade de se esconder. O uso de roupas largas e pesadas durante os dias mais frios funcionava como um escudo contra a exposição de seu corpo, mas nos dias quentes essa estratégia se mostra mais desafiadora.

Com as temperaturas atingindo níveis cada vez mais altos, a necessidade de vestir roupas de verão mais leves e que deixam parte do corpo à mostra se torna inevitável. A busca por materiais adequados, como o linho e o algodão, ajuda a amenizar o desconforto do calor, mas o dilema de se sentir julgado e exposto ainda persiste.

A narradora relembra sua adolescência e como, mesmo naquela época, já utilizava o casaco de moletom como uma forma de se proteger e se esconder. Esse padrão de se colocar em estado de desconforto para deixar os outros mais confortáveis é identificado pela psicóloga como uma prática recorrente da narradora.

O relato ressalta a importância de buscar apoio psicológico para lidar com questões relacionadas à imagem corporal e ao desconforto social. O objetivo é encorajar outras pessoas, especialmente jovens, a se sentirem confortáveis em sua própria pele e a não se sentirem pressionadas a se esconder ou mudar para se encaixar em padrões externos.

A reflexão final da narradora é direcionada à adolescente que elas encontraram, desejando que ela saiba que não está sozinha e que é possível sentir-se confortável e aceita em sua própria pele. A mensagem final é de encorajamento e empatia, buscando promover uma reflexão mais ampla sobre a aceitação pessoal e a autonomia individual.

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