Número de reclamações de usuários de planos de saúde atinge recorde em 2024, com mais de 34 mil registros em julho.

No mês de julho deste ano, as reclamações de usuários de planos de saúde atingiram o impressionante número de 34.947, o mais alto registrado até agora em 2024. Esse foi também o terceiro maior patamar de reclamações na série histórica da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), de acordo com uma análise realizada pelo sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado com base nos dados do órgão.

Comparando com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 3,54% nas reclamações. No acumulado do ano, já foram registradas 227.163 reclamações, representando um crescimento de 19,25% em comparação às 190.491 reclamações registradas no mesmo período de 2023. É importante destacar que o número total de reclamações nos sete primeiros meses deste ano ultrapassa o total de reclamações de todo o ano de 2021, que foi de 188.334 reclamações.

O cálculo desses dados considera as Notificações de Intermediação Preliminar (NIP), que são classificadas como reclamações pela ANS e servem como um instrumento para intermediar e solucionar conflitos entre consumidores e prestadores de serviços antes que se tornem disputas judiciais ou procedimentos mais complexos.

Uma questão relevante é que mais de 80% das reclamações estão relacionadas a questões assistenciais, o que indica as dificuldades enfrentadas pelos beneficiários no acesso a serviços de saúde de qualidade. A ANS acompanha essa situação por meio do Índice Geral de Reclamações (IGR), que demonstra a percepção dos beneficiários em relação aos serviços das operadoras de planos de saúde.

Apesar desse cenário desafiador, a ANS destaca a eficácia da mediação de conflitos através da Notificação de Intermediação Preliminar (NIP), com uma taxa de resolutividade superior a 90% entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022. A expectativa é que as análises das reclamações de 2023 e 2024 forneçam insights importantes sobre a efetividade das medidas adotadas pela agência e pelas operadoras para lidar com as demandas dos consumidores. Esses dados são fundamentais para aprimorar os serviços de saúde suplementar e garantir a satisfação e o bem-estar dos beneficiários.

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