Esse aumento ocorre em meio aos esforços da cidade para fornecer abrigo para até 70 mil migrantes todas as noites, o que tem se mostrado um desafio. A prefeita Molly Wasow Park afirmou que não há indícios de um aumento sistemático no número de pessoas sem abrigo que sejam solicitantes de asilo. No entanto, a administração municipal intensificou seus esforços para transferir pessoas sem moradia para habitações subsidiadas, priorizando locais com apoio de serviços sociais.
Desde que o prefeito Eric Adams assumiu o cargo em 2022, a cidade conseguiu realocar 2.000 pessoas sem abrigo para moradias permanentes, incluindo 500 encontradas no metrô. A oferta de camas em abrigos menos restritivos cresceu sob sua gestão, com planos de abrir mais 500 vagas do tipo até o final do ano. No entanto, a diminuição da quantidade de pessoas em situação de rua é um desafio complexo, segundo Park, devido ao abandono por parte da sociedade e do governo.
Os dados revelam que o número de pessoas em situação de rua varia significativamente entre os bairros da cidade. Houve um aumento de 46% no Queens, mais que dobrando em Staten Island e uma queda de 12% no Brooklyn. Já em Manhattan, onde se concentra a maioria dos sem-teto, houve um aumento de 4%.
Críticos levantam questões sobre a confiabilidade da pesquisa Hope, realizada por voluntários e funcionários em uma única noite, definida como a mais fria do ano. David Giffen, diretor executivo da Coalizão para os Sem-Teto, afirma que a estimativa subestima a população em situação de rua, sugerindo que os registros das equipes de apoio nas ruas apresentam um aumento mais acentuado.
Com a crescente preocupação com o aumento do número de pessoas sem abrigo, a cidade de Nova York enfrenta o desafio de encontrar soluções eficazes para lidar com essa questão social complexa e urgente.