Novas investigações revelam possíveis cúmplices no ataque à Escola Estadual Sapopemba em São Paulo, que resultou em uma aluna morta

A investigação da Polícia Civil trabalha com a hipótese de que mais pessoas tenham participado indiretamente do ataque à Escola Estadual Sapopemba, que deixou uma aluna morta e outras duas baleadas, na manhã desta segunda-feira (23), na zona leste de São Paulo.

De acordo com um policial que atua no caso, outras quatro pessoas podem ter atuado de alguma forma no ataque, além do aluno de 16 anos, que se entregou à polícia após efetuar os disparos e foi levado ao 70º DP (Sapopemba).

O atirador estava em um grupo do Discord, plataforma de mensagens popular entre jovens e jogadores de videogames que está envolvida em várias denúncias contra grupos que promovem conteúdo de ódio e incitação a assassinatos.

O aluno passou o fim de semana na casa do pai, em Santo André (Grande São Paulo), de acordo com o policial. Lá ele pegou revólver calibre 38 usado no crime, que era guardada no meio dos colchões, e também as munições, que estavam outro cômodo. O adolescente teria vasculhado a casa até achar os objetos.

Os pais são separados. Neste domingo (22), ele retornou para a casa da mãe já armado.

A arma era registrada e estava regular, segundo a polícia. O pai está sendo procurado.

O garoto havia sido transferido para a escola início de ano. Segundo o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), a unidade em Sapopemba contava com ronda escolar e atendimento com uma psicóloga. O aluno que cometeu o ataque, porém, não era identificado pela direção da escola como um agressor em potencial.

Hoje são 550 psicólogos que atendem alunos na capital paulista. Cada um deles atende, em média, dez escolas diferentes com a opção de ficar um turno ou o dia inteiro em uma escola.

O governador disse que, na unidade em Sapopemba, haviam sido feitos 15 atendimentos nos últimos meses. Ele também disse que 175 tentativas de ataques foram evitadas com sucesso pela polícia desde março.

Uma câmera de segurança registrou o momento em que o atirador entrou em uma sala de aula, cheia de alunos, e efetuou disparos. Houve correria, e alunos deixaram a sala em meio ao tumulto.

A aluna que morreu, Giovanna Bezerra, 17, levou um tiro na cabeça.

As duas feridas foram socorridas e levadas para o pronto-socorro do Hospital Sapopemba – uma delas já recebeu alta. Um terceiro estudante, que se feriu ao fugir, também foi socorrido e já foi liberado.

O atirador será encaminhado para a Fundação Casa.

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