Nova coalizão em Israel complica missão de Netanyahu e declaração de guerra ao Hamas pode ser a última

Uma possível nova coalizão em Israel está complicando ainda mais a situação para o atual primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O governo já declarou estado de guerra, e os potenciais novos ministros estão exigindo que Netanyahu se comprometa a associar essa declaração de guerra ao fim do Hamas, para sempre.

De acordo com esses políticos, esta seria a primeira verdadeira guerra em Gaza e eles querem que seja também a última. No entanto, se Netanyahu continuar com sua estratégia de ataques aéreos e bombardeios, como fez em operações militares anteriores, isso não será suficiente para eliminar o Hamas ou qualquer outro grupo. A resistência palestina age de forma clandestina e evita se expor como alvos fáceis para as forças israelenses.

Para destruir a resistência palestina, seria necessário uma invasão terrestre em grande escala. No entanto, essa invasão certamente resultaria em milhares de mortes israelenses, além da morte de dezenas de milhares de palestinos. Além disso, os soldados israelenses têm se mostrado incapazes de conduzir batalhas terrestres efetivas, como foi evidenciado recentemente pelo Hamas e anteriormente pelo Hezbollah no Líbano.

Mesmo se Israel conseguisse realizar essa invasão, o que aconteceria depois que Gaza fosse conquistada? Em 2005, o exército israelense retirou-se de Gaza devido à intensa resistência, mas cercou a região em todas as direções. Se Israel tomar o controle de Gaza, terá que lidar com a resistência palestina diariamente, possivelmente por anos.

A direção que Netanyahu escolherá não está clara, mas independentemente do que acontecer nos próximos dias e semanas, Israel já perdeu essa guerra em muitos aspectos. É importante destacar essa realidade.

É fundamental entender o contexto em que esses eventos estão ocorrendo e avaliar as consequências de cada ação tomada por Israel. A situação é complexa e exige uma análise aprofundada das motivações e possíveis desdobramentos.

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