Nicolás Maduro convoca embaixadores em ato de campanha antes da eleição presidencial na Venezuela em meio a tensões e expectativas

A menos de um dia do início da votação para presidente na Venezuela, a atmosfera política no país sul-americano segue tensa e envolta em incertezas. O ditador Nicolás Maduro convocou emergencialmente os embaixadores em Caracas para uma reunião que mais parecia um comício de campanha eleitoral.

Entre os presentes, estava a embaixadora do Brasil na Venezuela, Glivânia Maria de Oliveira, que tem sido uma peça importante na retomada das relações bilaterais entre os dois países após um período de fragilidade durante o governo de Jair Bolsonaro.

Sentado em um palco repleto de embaixadores e observadores eleitorais, Maduro fez um longo discurso repleto de retórica política. O ditador alertou sobre possíveis convulsões sociais causadas pelo capitalismo selvagem e afirmou que a Venezuela já enfrentou banhos de sangue devido a esse sistema econômico.

Maduro, há mais de uma década no poder, tem repetido que, caso não seja reeleito, o país enfrentará tempos difíceis e violentos. Suas declarações alarmaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que manifestou preocupação diante das ameaças do ditador.

Além disso, Maduro voltou a utilizar Hugo Chávez, líder falecido em 2013, como uma figura emblemática para atrair apoio político. O ditador afirmou que todos os líderes anteriores a Chávez eram marionetes dos Estados Unidos e acusou vários líderes latino-americanos, incluindo o ex-presidente Bolsonaro, de apoiarem a oposição.

Em meio a essas tensões, a população venezuelana se prepara para um dos momentos mais cruciais da era chavista, no qual a ditadura de Maduro se vê ameaçada pela oposição. As eleições presidenciais neste domingo serão um marco na história recente da Venezuela, com desdobramentos políticos imprevisíveis.

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