Apesar das preocupações éticas, muitos pesquisadores, como o neurocientista Alon Chen, presidente do Instituto Weizmann de Israel, consideram a iniciativa positiva. Em entrevista à Folha, Chen ressaltou que, apesar dos desafios éticos, o progresso na área da neurociência trará benefícios significativos para a humanidade. Ele destacou a capacidade dos eletrodos interagirem com o cérebro e mencionou aplicações promissoras, como o tratamento da doença de Parkinson.
No entanto, Chen reconheceu que o objetivo final da Neuralink, que é desenvolver uma interface para ler e transmitir pensamentos complexos, ainda está longe de ser alcançado. O neurocientista, durante sua passagem pelo Brasil, também discutiu avanços recentes no estudo do estresse e seus efeitos no cérebro. Ele destacou a importância de controlar a resposta ao estresse para prevenir diversas doenças, incluindo ansiedade, depressão e câncer.
Chen ressaltou que a colaboração internacional entre cientistas é essencial para resolver problemas globais, como as mudanças climáticas e a medicina. Ele enfatizou o papel fundamental dos cientistas na sociedade e incentivou as crianças e adolescentes a considerarem seguir carreiras na área científica para impactar o futuro da humanidade de forma positiva.
Em tempos difíceis como os atuais, o papel dos cientistas se torna ainda mais relevante, conforme eles buscam soluções para desafios que afetam toda a humanidade. A ciência colaborativa e transnacional é vista como a chave para enfrentar os problemas globais e garantir um futuro sustentável para todos.