Com estreia marcada para esta sexta-feira, “Berlim” promete trazer os elementos que fizeram “La Casa de Papel” tão popular: planos de roubo elaborados, personagens que combinam travessura e carisma, ação desenfreada, humor e um pouco mais de tensão sexual. Os criadores da série buscaram, no entanto, trazer uma pitada de comédia romântica como forma de diferenciar “Berlim” do seriado original.
Segundo Esther Martínez Lobato, uma das roteiristas de “La Casa de Papel”, a intenção era proporcionar ao espectador uma alternativa aos telejornais, oferecendo entretenimento sem os mesmos níveis de opressão, violência e ansiedade presentes na série original. No entanto, os autores garantem que a nova série não será uma versão mais fofa ou realista, mantendo-se fiel ao estilo de “La Casa de Papel”.
Os fãs da série original se encantaram com personagens que oscilam entre a canalhice e o carisma, em esquemas de roubos repletos de reviravoltas e completamente irreais. E é justamente esse ponto que os autores de “Berlim” garantem não ter interesse em mudar. Para eles, retratar a realidade é entediante, e o espectador é livre para escolher ver as histórias com um certo nível de fantasia.
Além disso, a série original também conquistou fãs ao redor do mundo, com destaque no Brasil. A trama rendeu um hit de funk do MC WM e réplicas das máscaras usadas pelos personagens ainda podem ser encontradas em centros comerciais. Com o sucesso de “La Casa de Papel” e outras produções internacionais no streaming, os criadores creditam a plataforma pela capacidade de exportar conteúdo para diferentes países.
Com o anúncio de “Berlim”, alguns fãs especularam se a série seria uma forma de mea-culpa dos criadores por terem (atenção, spoiler de “La Casa de Papel”) matado o personagem na segunda temporada do seriado. Os roteiristas garantem que não, mas a impressão para muitos é de que a estreia de “Berlim” pode ser uma forma de compensar os fãs. Em todo caso, o público está ansioso para mais uma dose de ação, suspense e irreverência do universo de “La Casa de Papel”.