Essa falta de representatividade feminina gera diferentes impactos no ambiente político. Vereadoras como Luiza Ribeiro e Karla Coser relatam situações de exclusão e falta de apoio entre os colegas homens. Elas se sentem isoladas e lutam para que projetos semelhantes aos dos homens sejam aprovados.
Em cidades como João Pessoa, Vitória e Campo Grande, onde só há uma vereadora, a vereadora Eliza Virginia, do PP-PB, expressa opiniões antifeministas e de direita, destacando desafios extras enfrentados pelas mulheres na política. O sistema eleitoral desigual, os estereótipos de gênero e o financiamento são barreiras enfrentadas pelas candidatas.
Para tentar mitigar essas desigualdades, existem cotas para financiamento de campanhas que reservam 30% do Fundo Eleitoral para candidaturas femininas. No entanto, para Luiza Ribeiro, é necessário também destinar cadeiras exclusivas para mulheres, como feito na Argentina, que reserva metade das vagas do Congresso para mulheres.
A presença das mulheres na política não só contribui para pautas mais eficientes em políticas públicas voltadas para as necessidades femininas, mas também serve como exemplo para mais mulheres se enxergarem como potenciais ocupantes desse espaço. A representatividade das mulheres nas Câmaras municipais é essencial para uma democracia mais justa e equitativa.