Segundo informações da CNN, o diretor da CIA, Bill Burns, revelou em uma conferência privada no final de semana passado que a agência está monitorando de perto a situação. Burns apontou que o líder do Hamas em Gaza, Yahyia Sinwar, tem sido pressionado por outros membros de alto escalão do grupo a considerar um acordo. Além disso, Sinwar estaria preocupado com o crescente descontentamento da população palestina em relação ao Hamas, devido aos danos e sofrimentos causados pela guerra.
No entanto, no governo de Israel há divergências internas que podem complicar as negociações. Benny Gantz, Gadi Eisenkot e Yoav Gallant formavam um bloco de contenção interna a Netanyahu. Gantz e Eisenkot, membros da oposição que se juntaram ao governo de emergência durante o conflito, decidiram deixar a coalizão, acusando Netanyahu de priorizar questões políticas em detrimento de decisões importantes.
Restou a Gallant, também ministro da Defesa, como um opositor interno relevante ao primeiro-ministro. Apesar de ser membro do Likud, partido de Netanyahu, Gallant tem se mostrado crítico em relação às ações do premiê.
Dessa forma, o cenário político em Israel continua sendo um empecilho nas negociações para alcançar um acordo de paz. A pressão internacional e as divergências internas estão contribuindo para a complexidade das decisões a serem tomadas nos próximos dias. A expectativa é que as conversas avancem, com a possibilidade de um desfecho positivo para ambas as partes envolvidas.