Conhecida como o lugar onde Jesus nasceu, a cidade normalmente recebe peregrinos nesta época para as celebrações natalinas, que costumavam ser alegres, com luzes, árvores e enfeites. No entanto, a tradicional decoração de luzes e a árvore de Natal não farão parte da ‘festividade’ este ano. O grande presépio, que anualmente fica na praça da Manjedoura e atrai centenas de turistas, também não foi montado.
A procissão, que costuma acontecer nos dias 24 e 25 de dezembro, também foi cancelada. No lugar das festas, cristãos palestinos realizam uma vigília, onde cantam e rezam pela paz. A situação de conflito tem afetado a vida cotidiana dos habitantes da região, e o clima festivo característico do Natal não foi possível de ser mantido.
A decisão de cancelar as celebrações natalinas em Belém não foi fácil, mas os organizadores consideraram que a situação de violência e instabilidade na região impedia a realização de eventos festivos. A preocupação com a segurança dos moradores e dos visitantes foi determinante para a tomada dessa decisão.
A comunidade cristã local lamenta a impossibilidade de celebrar o Natal da forma tradicional, mas entende que, diante do cenário de conflito e tensão, a prioridade é garantir a segurança e a tranquilidade da população. Apesar do cancelamento das festividades, a esperança e a fé dos cristãos de Belém permanecem vivas, e a vigília em prol da paz é um exemplo do espírito natalino que persiste mesmo em tempos difíceis.
O impacto da situação de violência na vida dos moradores da região é evidente, e a ausência das comemorações tradicionais do Natal em Belém reflete a dura realidade enfrentada por essas pessoas. A esperança é de que, com o fim do conflito e a restauração da paz, as celebrações natalinas possam voltar a acontecer de forma plena e alegre na cidade que é o berço do cristianismo.