Mulheres brasileiras sobrecarregadas: responsabilidade excessiva resulta em ansiedade, estresse e depressão, revela estudo.

Um estudo realizado pela ONG Think Olga revelou que a maioria das mulheres brasileiras está sobrecarregada de responsabilidades. De acordo com o relatório “Esgotadas”, 86% das entrevistadas afirmaram ter uma carga muito grande de obrigações, o que tem causado uma série de consequências negativas para a saúde mental delas. Ansiedade, estresse, irritação, exaustão, baixa autoestima e tristeza são alguns dos sentimentos relatados pelas mulheres em decorrência dessa sobrecarga.

Além disso, a desigualdade em relação aos homens também tem sido prejudicial para a saúde das mulheres. O estudo revelou que 45% das brasileiras já foram diagnosticadas com transtornos mentais, como ansiedade e depressão. A sobreposição de trabalhos remunerados e não remunerados é apontada como uma das principais causas dessa sobrecarga. As pressões financeiras, o desemprego maior entre as mulheres no país e a feminização da pobreza também contribuem para agravar esse quadro.

A situação é especialmente preocupante para as mulheres negras e pobres, que enfrentam uma série de desafios adicionais. O aumento do índice de desemprego entre as mulheres, que atinge 10,8% contra 7,2% entre os homens, aliado à feminização da pobreza, contribui para intensificar o sofrimento e a sobrecarga dessas mulheres.

Diante desse cenário, o Café da Manhã, podcast produzido pela Folha de S.Paulo, abordou em seu episódio desta quinta-feira a questão da carga mental que impacta a vida e a saúde das mulheres. A repórter Fernanda Mena foi entrevistada e discutiu sobre as pressões sociais que agravam o sofrimento das mulheres, além de possíveis caminhos para superar essa questão.

O Café da Manhã é um programa de áudio que é publicado diariamente no começo do dia no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha de S.Paulo. O episódio em questão foi apresentado pelas jornalistas Gabriela Mayer e Magê Flores, com produção de Carolina Moraes e Victor Lacombe. A edição de som ficou a cargo de Thomé Granemann e Raphael Concli.

Diante desses dados alarmantes, é importante que sejam criadas políticas públicas que promovam a igualdade de gênero e que ofereçam suporte às mulheres, garantindo que elas não sejam sobrecarregadas e tenham acesso a uma saúde mental adequada. É fundamental que a sociedade como um todo se mobilize em busca de soluções para essa questão, promovendo um ambiente mais igualitário e saudável para as mulheres brasileiras.

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