Modelo de subsídios para energias renováveis no Brasil se esgotou e transfere renda dos mais pobres para os ricos, alerta CEO da Engie.

O CEO do grupo Engie Brasil, Mauricio Bähr, criticou o modelo de subsídios para energias renováveis no país, afirmando que ele se esgotou e agora funciona de forma prejudicial, transferindo renda dos mais pobres para os mais ricos. Em uma entrevista à imprensa, Bähr expressou preocupação com a medida provisória assinada pelo presidente Lula da Silva, que prometia reduzir a conta de luz, mas acabou prorrogando os subsídios, aumentando os custos para os consumidores de baixa renda.

Com mais de 30 anos de experiência na área de energia, Bähr defende uma revisão do modelo setorial, destacando a necessidade de diálogo e soluções abrangentes para os problemas enfrentados. Ele aponta que os subsídios para energia renovável, como a geração distribuída, acabam beneficiando aqueles que têm condições financeiras de instalar painéis solares, enquanto os consumidores de baixa renda arcam com os custos.

Além disso, Bähr destaca a sobre oferta de energia no Brasil, resultante dos investimentos em usinas eólicas e solares nos últimos anos. Ele ressalta a importância de incentivar indústrias a se instalarem no país, utilizando energia verde e renovável, o que poderia impulsionar o desenvolvimento econômico e a criação de empregos.

O CEO da Engie também aborda a necessidade de uma atualização da regulamentação do setor energético, especialmente diante da transição energética em curso. Ele ressalta a importância de adotar práticas sustentáveis, como a redução das emissões de carbono, e destaca a importância de investir em tecnologias limpas e eficientes.

Por fim, Bähr discute o papel do gás fóssil na matriz energética brasileira, sugerindo que ele pode ser utilizado em usos mais nobres, como a produção de fertilizantes, em vez de ser utilizado na geração de energia elétrica. Ele destaca a importância de evoluir as formas de utilização do gás para reduzir as emissões e impulsionar a transição para uma economia mais sustentável.

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