Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores da Somália, Ahmed Moallim Fiqi, enfatizou o compromisso total com o multilateralismo e o respeito aos princípios do direito internacional. A recente solicitação de retirada da missão da ONU do país foi mencionada como parte de uma abordagem para fortalecer a cooperação entre o Conselho de Segurança e organizações regionais, como a União Africana, que mantém uma força de manutenção da paz na Somália.
Outro destaque da coletiva foi a declaração do homólogo grego, Georgios Gerapetritis, que expressou a intenção de criar pontes entre diferentes regiões do mundo, aproveitando a posição geopolítica privilegiada de seu país. A visão de Gerapetritis é ampliar a cooperação entre o Sul e o Norte, o Leste e o Oeste, promovendo uma maior integração global.
No entanto, nem todas as vozes na coletiva foram otimistas. Louis Charbonneau, representante da Human Rights Watch, lamentou a falta de competição nas eleições para cadeiras importantes, como no Conselho de Segurança da ONU. Para Charbonneau, a escolha de governos responsáveis por violações dos direitos humanos sem validação dos Estados-membros compromete o princípio democrático.
Por fim, foi anunciado que cinco novos países assumirão as cadeiras no Conselho de Segurança a partir de 1º de janeiro de 2025, substituindo Suíça, Japão, Moçambique, Equador e Malta. Essa nova composição se juntará aos outros cinco países já designados para o período 2024-2025, incluindo Argélia, Guiana, Serra Leoa, Eslovênia e Coreia do Sul. A transição promete trazer mudanças significativas para as decisões e políticas adotadas pelo órgão internacional.