Segundo o ministro, o prazo máximo para a implementação do horário de verão é essencial para que diversos setores, como o aéreo, tenham tempo suficiente para se adaptarem à mudança. Durante um evento promovido pelo Esfera Brasil em Roma, na Itália, Silveira afirmou que o presidente Lula já deu aval para a decisão, caso ela seja considerada necessária.
A justificativa para a possível implementação do horário de verão está ligada à atual crise hídrica que o país enfrenta, considerada a pior dos últimos 73 anos. Mesmo com medidas preventivas, apenas cerca de 13% da água do sistema foi preservada, o que levanta preocupações em relação à capacidade energética do país.
Na reunião marcada para a próxima semana, a equipe técnica do Ministério de Minas e Energia irá avaliar a necessidade do horário de verão com base em novas projeções de escassez hídrica e na capacidade das hidrelétricas de fornecerem energia de reserva ao sistema. Além disso, houve uma mudança significativa com relação ao acionamento das usinas térmicas, que agora poderão ser utilizadas apenas em caso de extrema necessidade, devido a uma decisão do TCU.
Essa nova flexibilidade no funcionamento das usinas térmicas representa uma economia significativa para os consumidores brasileiros, que anteriormente arcavam com custos elevados devido ao funcionamento ininterrupto dessas usinas. A decisão final sobre o horário de verão será tomada após a reunião técnica, levando em consideração os riscos energéticos e as projeções de escassez hídrica no país.