Durante a semana, Haddad destacou sua “fixação pela transformação ecológica”, enfatizando que essa é a grande oportunidade do Brasil para se reindustrializar. Ele também ressaltou o encontro entre Lula e o presidente americano, Joe Biden, que está previsto para acontecer na quarta-feira. Biden tem apostado na transição para uma economia verde como uma das prioridades de seu mandato, além de ser uma plataforma para sua reeleição.
A Casa Branca obteve a aprovação no Congresso de um pacote histórico de incentivos para a energia verde, chamado de Lei para Redução da Inflação. No entanto, a oposição ao presidente tem criticado essa legislação, atribuindo a ela a disparada da inflação no país. Nesse contexto, a transição verde também é o pano de fundo da greve histórica dos trabalhadores das montadoras Ford, GM e Stellantis nos Estados Unidos. O sindicato que representa a categoria argumenta que os salários devem ser reajustados, pois as empresas receberam grandes incentivos para migrarem para a produção de veículos elétricos.
Durante sua estadia em Nova York, Haddad também participou de um jantar oferecido pela Fiesp com empresários e fundos de investimento, com o objetivo de atrair investimentos para a economia brasileira. O ministro afirmou que o Brasil está aberto a parcerias e que a área de economia verde oferece diversas oportunidades de negócios para os investidores.
Dessa forma, apesar das limitações em implementar um programa de subsídios à economia verde semelhante ao dos Estados Unidos, o Brasil está buscando aproveitar suas vantagens nessa área para atrair investimentos e impulsionar a reindustrialização do país. A transformação ecológica se torna, assim, uma prioridade nas discussões realizadas durante a participação do presidente Lula na Assembleia-Geral das Nações Unidas.