Durante a entrevista, o ministro também mencionou a falta de seriedade com que o estágio probatório é tratado no país. Esse período de avaliação de 36 meses, no qual se avalia o servidor em suas funções, não tem sido levado a sério, segundo Haddad.
No entanto, quando questionado sobre o fim da estabilidade do servidor em alguns cargos, Haddad evitou se posicionar claramente. Ele afirmou que, se forem feitas seleções adequadas, um bom estágio probatório e uma progressão de carreira baseada no desempenho, o serviço público pode ser eficiente.
Haddad ressaltou que essas mudanças poderiam ser feitas rapidamente e afirmou que o governo está aberto a encarar uma reforma administrativa, desde que seja debatida de forma correta. Ele mencionou a ministra Esther Dweck, responsável pela pauta da reforma, como alguém que tem um diagnóstico razoável do que precisa ser feito.
O ministro também foi questionado sobre as metas fiscais do governo, como a promessa de zerar o déficit no próximo ano. Haddad afirmou que, pela lógica aritmética, o país pode alcançar superávit primário em breve, mas não especificou quando isso aconteceria. Ele garantiu que o governo está trabalhando constantemente em medidas para equilibrar as contas públicas e trazer receitas extras.
Haddad reconheceu que os problemas econômicos do Brasil não estão resolvidos e que as metas do governo são ambiciosas. No entanto, ele afirmou que é importante mostrar desde o início que o governo está disposto a “arrumar a casa” e fazer o país crescer.
Quanto à interlocução com o Congresso Nacional, o Judiciário e o Banco Central, Haddad elogiou o alto nível dessas relações e destacou a importância dessa parceria para o cumprimento da agenda econômica do governo.
Em relação às apostas esportivas, Haddad defendeu a taxação dessa modalidade e afirmou que o Estado deve atuar para disciplinar e inibir os excessos dessa atividade na internet, além de adotar medidas para combater o vício nos jogos.
Por fim, o ministro ressaltou a importância de estar preparado para enfrentar as adversidades econômicas do cenário mundial e afirmou que não é momento de relaxar, especialmente diante do problema da inflação, que afeta principalmente as camadas mais pobres da população.